A importância da iluminação na neuroarquitetura
A neuroarquitetura consiste na aplicação da neurociência aos espaços construídos, procurando um entendimento mais profundo sobre os impactos do meio construído no comportamento das pessoas.
Assim, a neuroarquitetura parte do princípio de que o ambiente construído influencia os padrões mais primitivos do funcionamento do cérebro, possuindo ferramentas que permitem estimular ou inibir alguns desses padrões através da adaptação dos espaços.
Considerando que a iluminação consiste um dos elementos que mais influencia a perceção dos espaços, esta estabelece um papel preponderante na aplicação da neuroarquitetura. Esta consciência permite projetar com objetivos específicos de alterar/influenciar comportamentos, porém é parte fundamental conhecer o público-alvo, já que, o mesmo ambiente, pode gerar diferentes efeitos de pessoa para pessoa.
1. A influência da luz natural
Desde os tempos mais primitivos que a luz determinou a organização temporal de todos os seres vivos. Se falamos da luz natural, podemos de imediato relacionar com termos como “ciclo circadiano”, ou seja, o chamado relógio biológico, que determina as atividades do ciclo biológico, regulando tanto os ritmos físicos quanto psicológicos. Funções tão fundamentais quanto a regulação do sono são diretamente influenciadas pela luz, sendo através dela que o nosso cérebro sincroniza o seu funcionamento.
Isto torna-se evidente quando observamos as diferenças que existem entre diferentes países do globo, onde as variações entre os períodos de dia e noite têm influência na saúde psicológica derivado da maior ou menor exposição à luz a que estão sujeitos. Assim, verifica-se que principalmente nos países de maior latitude, tal como Rússia, Finlândia ou Gronelândia, onde o período de dia e noite é muito mais longo, os índices de impactos psicológicos são muito mais preocupantes do que em países mais próximos do equador, como é o caso de Portugal.
2. Luz Artificial
Se a luz natural tem um impacto tão forte na qualidade de vida das pessoas, podemos deduzir que a luz artificial pode ter um impacto igualmente relevante.
Os avanços na eletrificação da iluminação tornou possível criar “dia durante a noite”. Desde as luminárias exteriores, com a iluminação de ruas e os faróis dos carros; até à iluminação doméstica, com o uso de lâmpadas, aparelhos eletrónicos, entre outros. Assim, atualmente estamos sujeitos a uma extensão artificial da duração do dia, à qual o cérebro humano não teve tempo evolutivo para se adaptar.
Esse excesso de iluminação prolongada tem um impacto direto na saúde física e psicológica que começa a ser fonte de grande preocupação.
Saiba mais sobre este tema através da leitura do nosso artigo sobre como eliminar a poluição luminosa.
3. Como mitigar os impactos da luz
À medida que se tem vindo a perceber os efeitos nocivos do excesso ou escassez de luz para a qualidade de vida e saúde das pessoas, começam a ser adotadas algumas medidas para diminuir a sua influência. Os conhecimentos da neuroarquitetura constituem auxiliares preciosos para diminuir os impactos da luz excessiva e criar ambientes mais confortáveis e saudáveis para a permanência prolongada das pessoas.
Assim, exemplo disto, é que progressivamente as cidades têm procurado diminuir a intensidade da iluminação noturna, obrigando a mudar toda a iluminação pública, desde a troca de lâmpadas por cores quentes e amareladas, ou mesmo com a substituição de luminárias comuns por luminárias com incidência indireta.
Torna-se, então, evidente a importância de escolher a luminária mais ajustada ao local e uso de cada espaço. Para isso, poderá encontrar no nosso catálogo uma vasta oferta de luminárias ajustadas tanto ao uso interior quanto exterior.
4. Potencialidades da luz na neuroarquitetura
Considerando a quantidade de tempo que atualmente as pessoas passam em ambientes fechados torna-se essencial uma atenção meticulosa da correta iluminação dos espaços.
Assim, a aplicação dos princípios da neuroarquitetura no desenvolvimento dos projetos luminotécnicos demonstra uma capacidade extraordinária, não só pela promoção do bem-estar dos seus utilizadores, mas até da ampliação de benefícios, tais como a concentração ou o estado de saúde.
Deste modo, ao aplicar estas técnicas e tecnologias, por exemplo, em hospitais, podemos estimular os efeitos de ter a iluminação como uma aliada à melhoria dos pacientes (leia o nosso artigo), e em escolas com o intuito de promover a concentração e a criatividade dos estudantes.
Em suma, a luz cumpre um papel fundamental na ligação entre o nosso cérebro e o mundo exterior, fazendo com que a extensão do dia graças à luz artificial afete o nosso ciclo circadiano e com isso a nossa saúde em geral.
Adotar técnicas que ajustem a iluminação ao nosso ritmo biológico, observando o comportamento do ser humano e o impacto que os ambientes produzem na vida de cada um, através da neuroarquitetura, torna-se fundamental para criar ambientes mais ajustados às necessidades das pessoas, mantendo-as mais felizes e saudáveis.
Um projeto luminotécnico ajustado é, portanto, a chave para espaços mais confortáveis, humanos e que se adequam ao meio ambiente.
Se necessitar de um aconselhamento técnico sobre as opções mais adequadas ao seu projeto a Primelux poderá auxiliar nesse processo.