Imagem ilustrativa do artigo sobre iluminação exterior de edifícios históricos

Como planear a iluminação exterior de edifícios históricos?

Num mês em que ocorrem atividades de sensibilização da importância do património (como as Jornadas Europeias do Património), explicamos o modo como a iluminação exterior de edifícios históricos pode contribuir, permanentemente, para este grande objetivo!

Iluminar o património: um projeto cirúrgico

A maioria dos edifícios históricos, dada a época da sua construção, não foram projetados considerando a luz artificial, o que obriga a que o seu projeto de iluminação exterior seja tratado de forma muito cuidada.

A intenção principal na qual nos devemos focar é a valorização do aspecto exterior do edifício e da sua envolvente, conferindo-lhe uma dimensão noturna e maior presença no lugar.

Deste modo, é possível tornar o espaço mais interessante, contar a sua História através da luz, potenciar a sua identidade e convidar ao seu usufruto.

4 aspectos a ter em conta

O design concept deve ser executado pelo engenheiro ou lighting designer em conjunto com o cliente. Apenas com a colaboração de ambas as partes será possível entender o que levou à necessidade de instalar um sistema de iluminação exterior, o que se procura alcançar e qual o contributo final para o edifício histórico.

Destacamos quatro questões fundamentais que devem ser discutidas entre a equipa  no arranque do projeto de iluminação exterior de edifícios ou estruturas históricas e da sua envolvente.

 

  • Onde se localiza o edifício? Em meio rural ou urbano?

No meio urbano estamos rodeados de estímulos visuais, seja a iluminação pública existente, a iluminação de outros edifícios como grandes empresas, restaurantes, comércio, publicidade…

Tendemos a querer dotar o edifício histórico de um sistema de iluminação ainda mais proeminente, caindo no excesso. Idealmente, será preferível reduzir a iluminação da envolvente de modo a realçar o edifício, conseguindo garantir a utilização de menos energia e menor poluição visual.

No meio rural temos a situação contrária. O ambiente tende a ser pouco iluminado, pelo que o realce dos edifícios é conseguido sem necessidade de recorrer a um grande sistema de iluminação exterior.

O excesso de iluminação, nestes casos, pode ser prejudicial para o ecossistema em redor, nomeadamente para espécies de animais noturnas.

 

  • Que área se pretende iluminar? O todo ou a parte?

Em particular, poderão existir zonas que não necessitem de iluminação, uma vez que não serão visíveis a partir do exterior ou que não se pretende realçar. Por outro lado, considerando a grande escala, é preciso ter em conta que o edifício pode ser visível à distância e tornar-se um ponto de referência noturno.

Acima de tudo, o modo como o projeto deve ser abordado será sempre ditado pelas características do edifício. Por exemplo, mais do que iluminar toda a fachada, pode fazer sentido realçar pontos específicos como colunas, nichos, entradas, ….

Os diferentes tipos de iluminação são uma excelente ajuda para objetivos distintos: iluminação cruzada, de baixo, de cima, de trás. Poderá também fazer sentido adotar controladores para alterar a solução consoante as necessidades!

 

  • Que implicações terá sobre a envolvente?

A iluminação exterior de edifícios históricos oferece a possibilidade de experienciá-los “fora de horas”, seja a visitar ou a usufruir dos espaços exteriores na sua envolvente, incentivando à realização de atividades em redor, sejam de lazer, económicas, sociais…

É neste seguimento que surge também a importância da iluminação não só do edifício, mas também da área que o envolve, designadamente para garantir a sensação de segurança no lugar. Aproveitamos para convidar à leitura do nosso artigo sobre iluminação pública LED!

 

  • Qual a localização das luminárias e a sua implicação à luz do dia? 

Devemos garantir a qualidade, quantidade e tipo de iluminação mais adequada para oferecer a melhor experiência. É também imprescindível garantir um acesso fácil para a manutenção do sistema.

No entanto, é igualmente importante ter em atenção a localização das luminárias, para que não afete a sua apreciação durante o dia.

A longo prazo, há que ter em conta a remoção dos sistemas, não sendo desejável que deixem qualquer marca no edifício. Assim, poderá fazer sentido privilegiar a localização no mobiliário urbano envolvente, áreas verdes ou edifícios vizinhos (se possível).

Paço Ducal de Vila Viçosa e os projetores VIENA

Antes e depois da Iluminação do Paço Ducal de Vila Viçosa com projetores Viena, da Primelux

A Primelux foi desafiada a apresentar uma solução de iluminação exterior para o Paço Ducal de Vila Viçosa. Um dos principais objetivos, para além da valorização do edifício, era também migrar a iluminação da fachada para a tecnologia LED, com uma temperatura de cor neutra, de forma a não criar contrastes muito acentuados e garantir um rendimento luminoso equilibrado e económico.

A solução encontrada foi o projetor VIENA, com uma potência de 200W e colocado no solo, com um ângulo de inclinação ajustado à altura e ao varrimento da superfície da fachada principal do edifício.

As diferenças entre o preexistente e o atual evidenciam o modo como um bom projeto de iluminação exterior de edifícios históricos pode impactar de forma determinante a percepção do mesmo e da sua envolvente! 

 

Descubra mais sobre este projeto luminotécnico e consulte o nosso produto VIENA, disponível para 150W, 200W e 300W.

Características do Projetor Viena

Características do projetor Viena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rita Valente
Arquiteta

 

*Imagem ilustrativa da importância da iluminação do património