Domótica e iluminação LED: duas tecnologias em direção ao futuro
Para o primeiro artigo deste ano selecionamos um tema “do futuro”, cada vez mais presente no nosso dia-a-dia: a Domótica. Não podemos falar deste conceito sem o conjugar com a iluminação LED e as mais-valias que conseguem alcançar em conjunto.
Neste artigo vamos dar-lhe a conhecer o conceito da Domótica. Quando surgiu? Em que consiste? Como funciona? E, claro, de que modo esta nova tecnologia se articula com a iluminação LED, e que vantagens podem trazer quando aplicadas em simultâneo no projeto de uma casa.
Domótica: O que é? Quando surgiu? Como funciona?
Domótica vem da palavra francesa Domotique que resulta da junção do termo “domus”, que significa casa, e “immotique”, que se associa a automático/automatismo. Ou seja, a Domótica procura integrar automatismos numa casa ou prédio residencial, para simplificar o cotidiano dos utilizadores/famílias.
Apesar da palavra se ter tornado mais conhecida nos últimos anos, com o Google Assistente ou Alexa, a Domótica surgiu nos anos 80, em França, quando se procurou aplicar o conceito de “sistema integrado” a edifícios. Na altura, procurou-se intervir essencialmente na iluminação, climatização e segurança.
Como funciona a domótica?
O objetivo e modo de funcionamento da Domótica é simples: procura automatizar rotinas e tarefas de uma casa. Funciona como uma central de comando inteligente, capaz de controlar iluminação, temperatura, sistemas eletrónicos, alarmes de segurança, som, entre outros.
Para além do posto de comando que existe em casa, o sistema pode ter ligação à internet, tornando-se mais simples controlá-lo. Apenas com um tablet ou smartphone, ligado à internet, é possível controlar a casa a partir de qualquer lugar.
Aplicação prática da domótica
Um projeto de domótica consegue integrar uma série de valências: comunicação (internet, telefone, tv), áudio (som ambiente e home theatre), cargas (iluminação e alarmes), e motores (abertura de cortinas, estores, central de aspiração, …).
A domótica utiliza os diferentes elementos da casa e cria um sistema com todos eles. A sua maior potencialidade é conseguir fazê-lo identificando e aliando as vantagens de cada um, de modo a que seja feita uma utilização e gestão integrada dos diversos equipamentos.
Ainda que este sistema possa ser altamente inteligente, ele obedece sempre aos comandos do utilizador. Deste modo, torna-se possível que funcione de forma mais ou menos automatizada. Um sistema “passivo” reage apenas aos comandos do utilizador.
No caso de uma utilização do total potencial da domótica, a casa consegue interpretar parâmetros e reagir às circunstâncias em conformidade! Tudo isto através de sensores que são colocados em pontos-chave.
Por exemplo, ao detectar uma janela aberta, e sabendo que não está ninguém em casa, emite um alerta para o utilizador. Ao aperceber-se de que a temperatura está a diminuir pode ligar automaticamente o aquecimento.
Os vários componentes do sistema
Para além da iluminação LED, um dos parâmetros mais aplicados é a climatização. É possível programar horários para ativar/desativar equipamentos de aquecimento, ventilação ou AC, procurando aumentar ou manter o nível de conforto sentido. Através do modo de poupança de energia, desliga o aquecimento ao detectar a ausência de ocupantes ou com o aumento da temperatura exterior.
Ao nível da segurança, a domótica permite detectar fugas de gás, inundações e incêndios. Com a monitorização de imagens pode ser utilizado para detecção de intrusos, ou para vigilância de crianças. Pode ainda ser integrado um sistema de controle de acesso, recorrendo a dados biométricos.
O som ambiente ou o home theater também são valências interessantes. Através da instalação de colunas é possível ter um som ambiente multi-zonas. No modo home theater é possível programar tarefas simples como controlar a iluminação, fechar as cortinas, aumentar o volume, ligar o AC…
A iluminação LED na domótica
Uma grande vantagem da incorporação da iluminação LED na domótica é que esta já possui uma tecnologia suficientemente avançada para conseguir tirar partido da total gestão integrada do qual este sistema é capaz.
Para aproveitar todas as vantagens é recomendado que, para além das luminárias LED, sejam instalados alguns acessórios (controladores e sensores) que permitirão gerir e reduzir ainda mais os gastos!
Com a integração de sensores de movimento, como o sensor SM22230.3XX00, podem acionar-se as luzes de uma divisão ou, pelo contrário, pode aperceber-se de que a divisão se encontra vazia e que está a ocorrer um um gasto de energia desnecessário.
A aplicação de sensores de luz solar permite regular a intensidade das luminárias no interior, ou determinar que as luzes exteriores acendem/apagam quando escurece/amanhece.
Através da definição de comandos, por parte do utilizador, podem ser programados vários aspetos. Recorrendo a controladores, como o FIVE, podem ser ajustados os ambientes através do controle de intensidade, cor, ou definidas horas para ligar ou desligar as luminárias.
Tomando partido das capacidades da domótica, o sistema é capaz de otimizar ao máximo o consumo de energia. Com base nos dados que vai captando ao longo do tempo e memorizando, como presença/ausência, hábitos e horários, vai atribuindo um padrão ao utilizador e identificando gastos desnecessários!
Para um projeto de uma casa mais inteligente, adaptada ao utilizador e mais sustentável, recomendamos a execução de um projeto de domótica que integre, obviamente, a componente da iluminação recorrendo à tecnologia LED.
Sugerimos que consulte opções como o sensor de movimento SM22230.3XX00, o projetor SENSINI S, com sensor (veja no nosso catálogo). E também as fitas LED ZETTA, YOTTA ou BETTA TUNE, muito utilizadas em ambientes residenciais, conjugáveis com o nosso controlador FIVE.
Rita Valente
Arquiteta
