Temperatura da Cor

Luz quente ou luz fria: a temperatura de cor

Os meses de Inverno são característicos pela pouca luminosidade natural que entra no interior dos espaços que frequentamos. O mês de fevereiro de 2021, em particular, caracterizou-se por ser um mês de recolhimento imposto pelo contexto em que vivemos e pela continuidade de dias chuvosos. Mas são vários os meses durante os quais as tarefas que executamos em áreas interiores necessitam do apoio de iluminação artificial para a sua boa execução. Em certos espaços, que não são dotados de janelas abertas diretamente para o exterior, esta é até uma realidade permanente.
No momento de planear a iluminação de interiores devemos pensar na sua localização e intensidade, mas também na temperatura de cor das luminárias, pois esta determinará o grau de conforto associado ao espaço, o modo como nos sentimos ou a nossa eficácia nas tarefas que temos de desempenhar.

A nossa relação com a luz

A radiação solar é o meio energético comum a todas as espécies vivas, permitindo uma série de processos metabólicos no corpo humano como os estados de repouso e vigília (dia/noite) e que possibilita construir a nossa envolvente visual.

Se relativamente à luz natural esta influência é clara, ainda não existe informação suficiente sobre a iluminação artificial e o seu impacto no ritmo do corpo do ser humano, mas é certo que vem alterar o ritmo biológico pré-estabelecido.

Em última instância, a iluminação constante (luz artificial) ao invés da contínua variação (luz natural) poderá ocasionar perturbações fisiológicas com repercussões psicológicas, nomeadamente elevados níveis de stress.

Como tal, a escolha das luminárias que nos rodeiam revela-se algo com um impacto cada vez maior no modo como vivemos os espaços interiores.

A escolha da temperatura de cor adequada

A temperatura de cor é uma grandeza associada à luz, medida em Kelvin (K), mas a ideia de “cor quente ou fria” é algo subjetivo  que tem que ver com a nossa relação com o mundo. Por um lado, associamos os vermelhos/amarelos ao fogo e, por isso, às “cores quentes”; por outro, relacionamos o azul com a água e, por isso, com as “cores frias”. Assim, no momento de escolher a temperatura de cor de uma determinada luminária devemos pensá-la em função do tipo de utilização que o espaço terá.

Se pretendemos uma luz acolhedora, como para os ambientes residenciais (quarto, sala), salas de convívio ou descanso, devemos privilegiar o “branco quente” (2700K-3300K).

Nos espaços de trabalho ou de estudo (escritórios, salas de reunião), nas lojas e espaços comerciais, procuramos um ambiente que não seja demasiado confortável e acolhedor, mas que nos permita estar suficientemente alerta para desenvolver o nosso trabalho. Então devemos optar pelo “branco natural” (4000K-5000K).

Se o espaço pede um maior nível de iluminação e uma luz mais clara, como armazéns, naves industriais, pavilhões desportivos, locais de tarefas específicas (ótica, relojoaria, ourivesaria), ou mostruários e expositores (hipermercados), o “branco frio” (6000K-6500K) será a solução que nos permite identificar com pormenor todos os detalhes.

Iluminação LED

Atualmente é possível adquirir iluminação LED com diferentes tonalidades, sendo que os primeiros LEDs de luz branca só entraram no mercado na década de 90. 

O alcance desta meta permitiu o desenvolvimento de luminárias LED com a temperatura de cor adequada, sendo a solução ideal em termos de conforto, menor consumo energético e reduzidos custos de manutenção, assim como o compromisso com o meio ambiente, em favor de um futuro mais sustentável. 

Consulte as nossas soluções de iluminação LED no nosso catálogo.

Rita Valente
Arquiteta