Painéis com PCB de LEDs vs painéis com fita LED
O setor da iluminação sofreu, na última década, uma completa transformação, motivada por fatores económicos e sociais e fortemente impulsionada pelo crescimento da tecnologia. A disseminação do LED teve cada vez maior aceitação no mercado, o que obrigou à sua massificação e, consequentemente, a uma descida dos preços. Se na gama residencial a entrada do LED se iniciou com a substituição de lâmpadas tradicionais (consumíveis), o grande crescimento da tecnologia aconteceu quando, no setor comercial, as armaduras com lâmpadas fluorescentes compactas começaram a ser substituídas por painéis LED do tipo downlight.
Seja em ambiente hospitalar, numa escola, num escritório ou no open-space de uma empresa, uma boa iluminação é essencial, por promover uma adequada perceção do espaço e também para proporcionar melhor desempenho das atividades e maior bem-estar aos utilizadores desses espaços. O recurso aos painéis LED assegura uma melhor qualidade de iluminação, com menor consumo energético e com reduzidos custos de manutenção (tempo de vida útil superior), o que torna esta opção consensual nos dias que correm.
Desde que foram lançados no mercado, os painéis LED downlight dividem-se em dois tipos, de acordo com a arquitetura do módulo de iluminação: os painéis com iluminação lateral através de fita de LED (side/edge-lit) e os painéis com placa PCB de LEDs e de retroiluminação (backlit). Os próximos parágrafos apresentam os dois tipos de arquitetura, a forma como se adaptam a diferentes aplicações e servem para clarificar as ideias pré-estabelecidas que se possam ter sobre este tipo de produtos.
Painéis com fita de LED (edge-lit)
Os painéis com fita de LED foram os primeiros a surgir no mercado, com os LEDs dispostos na moldura interna do painel, em alguns casos a toda a volta do perfil e noutros apenas nas laterais, com a luz a ser refratada e dispersa pelo interior do módulo até sair através de um difusor tipicamente opalino. Tornaram-se bastante populares junto dos instaladores, especialmente pela espessura diminuta (apropriada para tetos falsos com caixa de menor perfil) e também devido ao preço mais reduzido.
Painéis com placa PCB de LEDs (back-lit)
Os últimos anos, porém, têm trazido os painéis com placa PCB de LEDs como tecnologia mais fiável e, sobretudo, mais eficiente. A placa PCB possibilita que os LEDs estejam melhor distribuídos no módulo, o que, para além de uma melhor dissipação térmica (que conduz um aumento do tempo de vida útil), origina uma luz mais homogénea à saída do perfil difusor, uma vez que a luz é refratada em menos materiais distintos. Para além de se ter um painel mais robusto, como os LEDs estão dispersos por uma área maior do módulo, mesmo quando existe perda de intensidade, a luz emitida não cria sombras e permanece homogénea.
Conclusões
Somando todas as caraterísticas enunciadas anteriormente, no final do dia, a decisão entre a escolha de uma ou de outra arquitetura prende-se bastante com o tipo de aplicação final do produto, uma vez que os dois tipos de painéis têm algumas ligeiras diferenças e ambos têm vantagens e desvantagens quanto à sua utilização. Apesar de uma tecnologia estar, aparentemente, em fim de ciclo (painéis de fita de LED) e outra estar em início de ciclo (painéis com placa PCB), a decisão acabará por ser determinada pelo cliente/instalador e pela aplicação em específico, depois de pesados os prós e os contras da solução proposta.